segunda-feira, 22 de março de 2010

Ciência exata

Eu gosto de você, ciência exata,
Pelas razões do amor que considero:
Da saudade, ao lhe ver, me recupero;
Da solidão, o seu olhar me trata.

Nos pensamentos, onde a gente empata,
Não há desilusão, nem desespero,
E os versos simples deste meu bolero,
Em sua voz parecem serenata.

No sono, eu enumero outros quesitos –
Nesse palco de mundos infinitos,
Onde os nossos destinos são iguais.

E, em meio a sonhos bons, minh’alma encosta,
Como se já soubesse, na resposta
Dessa equação que lhes fará reais.

                                                 Bernardo Trancoso

domingo, 7 de março de 2010