segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Música!

Som delícia pra ouvir quando se quer ficar sozinho, de boa. Ou a dois também.

ieieie

Clica na imagem que vc baixa!

Smiley piscando

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Eu sei que eu vou apagar isso depois, mas…

…, to com saudade. Enfia o seu desejo de liberdade no cu.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Pelo dia de ontem…

O ser humano se assemelha a árvore na floresta.

Para crescer disputa entre as sombras uma fresta.

Sobe mais alto as que tem mais ousadia para enxergar por primeiro o amanhecer do dia.

Quando há vendavais, enchentes e tormentas,

avisam quem está em baixo para que se agarrem as suas ferramentas e preparem a resistência.

Como uma liderança, a árvore mais alta passa ás outras confiança.

No dia em que tomba, a árvore, faz um barulho que assombra.

Avisa com seu grito de dor que sua hora chegou.

O lugar que ocupava vira uma clareira, um vazio e pode permanecer assim a vida inteira

.

(recebi por e-mail, acho que foi o próprio remetente, uma pessoa que mora na floresta, que escreveu, não tenho certeza)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Feliz dia da árvore!

Se tem uma coisa que eu gosto muito, é árvore.

As árvores

Composição: Arnaldo Antunes e Jorge Ben Jor

As árvores são fáceis de achar
Ficam plantadas no chão
Mamam do sol pelas folhas
E pela terra
Também bebem água
Cantam no vento
E recebem a chuva de galhos abertos
Há as que dão frutas
E as que dão frutos
As de copa larga
E as que habitam esquilos
As que chovem depois da chuva
As cabeludas, as mais jovens mudas
As árvores ficam paradas
Uma a uma enfileiradas
Na alameda
Crescem pra cima como as pessoas
Mas nunca se deitam
O céu aceitam
Crescem como as pessoas
Mas não são soltas nos passos
São maiores, mas
Ocupam menos espaço
Árvore da vida
Árvore querida
Perdão pelo coração
Que eu desenhei em você
Com o nome do meu amor.

sábado, 18 de setembro de 2010

Enfim, chuva!!!

Molha meu corpo, lava minha alma!

Chover (ou Invocação Para Um Dia Líquido)

Composição: Lirinha; Clayton Barros

"O sabiá no sertão
Quando canta me comove,
Passa três meses cantando
E sem cantar passa nove
Porque tem a obrigação
De só cantar quando chove*

Chover chover
Valei-me Ciço o que posso fazer
Chover chover
Um terço pesado pra chuva descer
Chover chover
Até Maria deixou de moer
Chover chover
Banzo Batista, bagaço e banguê

Chover chover
Cego Aderaldo peleja pra ver
Chover chover
Já que meu olho cansou de chover
Chover chover
Até Maria deixou de moer
Chover chover
Banzo Batista, bagaço e banguê

Meu povo não vá simbora
Pela Itapemirim
Pois mesmo perto do fim
Nosso sertão tem melhora
O céu tá calado agora
Mais vai dar cada trovão
De escapulir torrão
De paredão de tapera**

Bombo trovejou a chuva choveu

Choveu choveu
Lula Calixto virando Mateus
Choveu choveu
O bucho cheio de tudo que deu
Choveu choveu
suor e canseira depois que comeu
Choveu choveu
Zabumba zunindo no colo de Deus
Choveu choveu
Inácio e Romano meu verso e o teu
Choveu choveu
Água dos olhos que a seca bebeu

Quando chove no sertão
O sol deita e a água rola
O sapo vomita espuma
Onde um boi pisa se atola
E a fartura esconde o saco
Que a fome pedia esmola**

Seu boiadeiro por aqui choveu
Seu boiadeiro por aqui choveu
Choveu que amarrotou
Foi tanta água que meu boi nadou***

*Zé Bernardinho
**João Paraíbano
***Toque pra boiadeiro

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Paradoxos

 

Se a contradição for o pulmão da história, o paradoxo deverá ser, penso eu, o espelho que a história usa para debochar de nós.

Nem o próprio filho de Deus salvou-se do paradoxo. Ele escolheu, para nascer, um deserto subtropical onde jamais nevou, mas a neve se converteu num símbolo universal do Natal desde que a Europa decidiu europeizar Jesus. E para mais inri, o nascimento de Jesus é, hoje m dia, o negócio que mais dinheiro dá aos mercadores que Jesus tinha expulsado do templo.

Napoleão Bonaparte, o mais francês dos franceses, não era francês. Não era russo Josef Stálin, o mais russo dos russos; e o mais alemão dos alemães, Adolf Hitler, tinha nascido na Áustria. Margherita Sarfatti, a mulher mais amada pelo anti-semita Mussolini, era judia. José Carlos Mariátegui, o mais marxista dos marxistas latino-mericanos, acreditava fervorosamente em Deus. O Che Guevara tinha sido declarado completamente incapaz para a vida militar pelo exército argentino.

Das mãos de um escultor chamado Aleijadinho, que era o mais feio dos brasileiros, nasceram as mais altas formosuras do Brasil. Os negros norte-americanos, os mais oprimidos, criaram o jazz, que é a mais livre das músicas. No fundo de um cárcere foi concebido o Dom Quixote, o mais andante dos cavaleiros. E cúmulo dos paradoxos, Dom Quixote nunca disse sua frase mais célebre. Nunca disse: Ladram, Sancho, sinal que cavalgamos.

“Acho que você está meio nervosa”, diz o histérico. “Te odeio”, diz a apaixonada. “Não haverá desvalorização”, diz, na véspera da desvalorização, o ministro da Economia. “Os militares respeitam a Constituição”, diz, na véspera do golpe de Estado, o ministro da Defesa.

Em sua guerra contra a revolução sandinista, o governo dos Estados Unidos coincidia, paradoxalmente, com o Partido Comunista da Nicarágua. E paradoxais foram, enfim, as barricadas sandinistas durante a ditadura de Somoza: as barricadas, que fechavam as ruas, abriam o caminho.

Eduardo Galeano, O Livro dos Abraços

domingo, 5 de setembro de 2010

O Analfabeto Político

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.


Bertold Brecht

sábado, 4 de setembro de 2010

Velhas Árvores

Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade
Agasalhando os pássaros nos ramos
Dando sombra e consolo aos que padecem!


Olavo Bilac

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

"Temos diferenças que nos completam, nos aproximam ou são eliminadas com o nosso afeto, constroem nosso respeito e intumescem nosso amor."

(Thiago Azzaro Lima)

terça-feira, 31 de agosto de 2010

"Ai, Viramundo de minha vida, que vira Minas pelo avesso sem revelar aos meus olhos o seu mais impenetrável mistério. Ai, Minas de minha alma, alma de meu orgulho, orgulho de minha loucura, acendei uma luz no meu espírito, iluminai os desvãos de meu entendimento e mostrai-me onde se esconde esse vagabundo maravilhoso, esse meu irmão desvairado que no fundo vem a ser o melhor da minha razão de existir.
Foi ele, esse iluminado de olhos cintilantes e cabelos desgrenhados, que num dia saltou dentro de mim e gritou basta! Num momento em que meu ser civilizado, bem penteado, bem vestido e ponderado dizia sim a uma injustiça. Foi ele quem amou a mulher e a colocou num pedestal e lhe ofertou uma flor. Foi ele quem sofreu quando jovem a emoção de um desencanto, e chorou quando menino a perda de um brinquedo, debatendo-se na camisa-de-força com que tolhiam o seu protesto.
Este ser engasgado, contido, subjulgado pela ordem iníqua dos racionais é o verdadeiro fulcro da minha verdadeira natureza, o cerne da minha condição de homem, herói e pobre-diabo, pária, negro, judeu, índio, santo, poeta, mendigo e débil-mental.
Viramundo!
Que um dia há de rebelar-se dentro de mim, enfim liberto, poderoso na sua fragilidade, terrível na pureza de sua loucura"
  

O Grande Mentecapto
Fernando Sabino

 

(furtado do perfil do Stéphano)

domingo, 29 de agosto de 2010

Cuba

“Esta noite milhões de crianças dormirão na rua, mas nenhuma delas é cubana”
               Fidel Castro

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Tudo que é vivo corre perigo!!!

        Não é porque a votação está mais pra frente que nós vamos nos esquecer da absurda alteração do nosso Código Florestal.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Congresso Internacional do Medo

Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque este não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.

                                              Carlos Drummond de Andrade

domingo, 22 de agosto de 2010

“No mundo como ele é, mundo ao avesso, os países responsáveis pela paz universal são os que mais armas fabricam e os que mais armas vendem aos países. Os bancos mais conceituados são os que mais narcodólares levam e mais dinheiro roubado guardam.

As indústrias mais exitosas são as que mais envenenam o planeta, e a salvação do meio ambiente é o mais brilhante negócio das empresas que o aniquilam. São dignos de impunidade e felicitações aqueles que matam mais pessoas em menos tempo, aqueles que ganham dinheiro com menos trabalho e aqueles que exterminam mais natureza com menos custo.

Caminhar é um perigo e respirar é uma façanha nas grandes cidades do mundo do avesso. Quem não é prisioneiro da necessidade é prisioneiro do medo: uns não dormem por causa da ânsia de ter o que não têm, outros não dormem por causa do pânico de perder o que têm.”

(Eduardo Galeano)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Música!

Acabei de baixar: Pato Fu – Música de Brinquedo.

Álbum com versões divertidas de músicas já conhecidas.

Baixa aí! (clica na imagem)

fff

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Outro devaneador

Descobri esse cidadão fuçando orkuts alheios. É amigo de um amigo meu…

Confere aí, gostei bastante!

http://devaneiosubito.blogspot.com/

 

(o cara nem sabe que eu to citando ele aqui… :P)

domingo, 13 de junho de 2010

Aos que virão depois de nós

Eu vivo em tempos sombrios.
Uma linguagem sem malícia é sinal de estupidez,
uma testa sem rugas é sinal de indiferença.
Aquele que ainda ri é porque ainda não
recebeu a terrível notícia.

Que tempos são esses, quando
falar sobre flores é quase um crime.
Pois significa silenciar sobre tanta injustiça?
Aquele que cruza tranqüilamente a rua
já está então inacessível aos amigos
que se encontram necessitados?

É verdade: eu ainda ganho o bastante para viver.
Mas acreditem: é por acaso. Nado do que eu faço
Dá-me o direito de comer quando eu tenho fome.
Por acaso estou sendo poupado.
(Se a minha sorte me deixa estou perdido!)

Dizem-me: come e bebe!
Fica feliz por teres o que tens!
Mas como é que posso comer e beber,
se a comida que eu como, eu tiro de quem tem fome?
se o copo de água que eu bebo, faz falta a
quem tem sede?
Mas apesar disso, eu continuo comendo e bebendo.

                                                 Bertold Brecht

terça-feira, 18 de maio de 2010

"Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo." - Ghandi

segunda-feira, 22 de março de 2010

Ciência exata

Eu gosto de você, ciência exata,
Pelas razões do amor que considero:
Da saudade, ao lhe ver, me recupero;
Da solidão, o seu olhar me trata.

Nos pensamentos, onde a gente empata,
Não há desilusão, nem desespero,
E os versos simples deste meu bolero,
Em sua voz parecem serenata.

No sono, eu enumero outros quesitos –
Nesse palco de mundos infinitos,
Onde os nossos destinos são iguais.

E, em meio a sonhos bons, minh’alma encosta,
Como se já soubesse, na resposta
Dessa equação que lhes fará reais.

                                                 Bernardo Trancoso

domingo, 7 de março de 2010